Chego à conclusão de que, como seres humanos que somos, funcionamos em ciclos. Depois de um ciclo em modo foco máximo necessitamos de uma pausa para reorganizar as ideias e prioridades e verificar se o foco se mantém ou se necessitamos de novos estímulos - metaforicamente falando, como os jogadores de qualquer desporto no final de uma época e antes da seguinte. Acho que somos assim na vida.
E eu, minuciosa e persistente como sou, tenho mesmo essa necessidade. Sinto que me aborreço com facilidade se não for trocando os estímulos da minha vida: preciso constantemente de alterar qualquer coisa na minha rotina, adicionar algo que me entusiasme e me dê vontade de acordar no dia seguinte de sorriso na cara. Isto porque vou percebendo que valorizo muito a minha rotina: adoro fazer mealprep e ser a maior tartaruga de metro e meio) sempre de marmitas e snacks e roupa de treino e tudo às costas. De começar o meu dia a treinar, antes de qualquer outra coisa. De preparar os meus blogposts, adiantar a minha tese.
Valorizo ter algumas coisas rotineiramente organizadas, nomeadamente a minha alimentação, o meu treino, o meu blog, a minha tese e o meu lado profissional.
Sinto-me equilibrada assim.
Ao lado disso gosto de ir variando os estímulos: se sinto que algo já não me está a entusiasmar como no início, talvez uma alteração ou a adição de algo volte a “espevitar”. Se olho ao espelho e penso que algo ainda poderia estar mais do meu agrado, é nisso que me vou focar. Se sinto que o que estou a fazer não faz o meu coração bater mais depressa, não tenho medo de mudar e ir atrás do que faça. Sou a primeira a responder “Vamos!” quando me desafiam para algo.
Não tenham medo de mudar.
Um dos meus receios é apenas sobreviver, em vez de viver.
Porque a vida é demasiado boa para apenas ser “sobrevivida” e se algum dia sentirem que estão apenas a sobreviver a mais um dia e se encontrarem a pensar “que o seguinte será melhor”, algo de errado se passa.
É uma chamada de atenção.
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