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Pela Tunisia




A Tunisia não foi só mais um íman para a coleção, um destino a acrescentar ao meu projeto pessoal de conhecer o mundo: foi uma cidade, um país e um continente novos. 
Foi um constante cheiro a couro, a incenso e a shisha de vários sabores e cores. Foram paladares muito ricos, a especiarias e a mil e um tipos de picante. Muito calor e humidade em dobro. Um amanhecer bastante cedo e um pôr-do-sol quase ao lanche - dei por mim, várias vezes, sem saber o que fazer depois das 17h, porque o sol já se tinha ido mas continuava a existir dia muitas vezes optando por rentabilizar esse tempo treinando. Foi destino de comer muita melancia: a todas as refeições, todos os dias - até hoje não sei como não incorporei uma melancia, de tanto que comi. De treinar na avenida da praia - fui à descoberta - e na areia. De provar trufas e ficar deliciada, continuo a achar que aquelas tinham um sabor típico especial. De água de mar com temperatura de chá - salgada e transparente como eu nunca vi. De dar um passeio de camelo e de Bateau Pirate: mais do que ficar 12 horas esticada ao sol no Resort, aproveitar para explorar. De uma Medina (o mercado tunisino) povoado de um mar de gente: muito barulho, muita gente, muitos cheiros misturados. De simpatia e hospitalidade. De ouvir muito "bacalhau com batatas", "cristianos", "benfica", "pooorto": estes são os portugueses na Tunisia. 
De muito "Bonjour!", "Merci", "Olá!" e "Salamalek". 
De aprender que "Salamalek" ou "As-Salaamu 'alaykum" significa: "A Paz esteja contigo" - e é desta forma que toda a gente se cumprimenta. 
De ter a certeza que o sorriso é linguagem universal: muitas vezes não falei mas sorri e fui brindada com muitos sorrisos genuínos de volta. 


Quando se pensa na Tunisia, Djerba é mais recorrente. Nós optamos por Hammamet, que segundo o nosso guia Hichem, é o centro turístico tunisino. Hammamet foi uma antiga cidade de pescadores: é pequena e acolhedora. Neste momento povoada de Resorts e hotéis, julgo eu, para rentabilizar um pouco o baixo nível de vida que lhe é característico. 
Do Aeroporto - em Monastir - até qualquer Resort, cerca de 1h30 de viagem de autocarro. 
Optámos por ficar num Resort de cadeia internacional, o Iberostar Averroes - viemos a descobrir mais tarde, através de um taxista tunisino, que nos tinha calhado efetivamente o melhor. A Tunisia tem uma classificação de comodidade e luxo diferente das europeias, e o facto de ficarmos numa cadeia internacional é um pouco mais fácil saber com o que contar.
Embora internacional, recheado de aspectos bastante tradicionais: na decoração, na alimentação e nos horários. Não aprecio muito viajar, sair da minha zona de conforto, e continuar rodeada de coisas que me são demasiado familiares, prefiro a experiência completa.















É um país recheado de diferenças culturais. Uma mistura de fisionomias, tradições, crenças, dialetos e formas de vestir - onde vi toda a gente a respeitar toda a gente. Pela primeira vez senti de verdade o que era ser "uma europeia". Mas eu nunca serei "uma europeia" de mente fechada, que pensa e vive de uma só forma. Bem pelo contrário, eu fascino-me com toda esta diversidade cultural. Dei por mim, diversas vezes, sentada na piscina simplesmente a observar as pessoas. Observava determinadas famílias e tentava imaginar como seriam as suas rotinas. Observava as pessoas e a forma como elas interagiam umas com as outras. Indubitavelmente, existem coisas transversais a qualquer ser humano: por muito que o país, a língua, a religião seja diferente, existem formas de falar, de agir, demonstrações de afeto transversais. E isso faz-me acreditar que por mais diferentes que sejamos de uma ponta à outra do planeta, somos mais similares do que julgamos. Daí eu ser a incurável que continua a acreditar que as diferenças que existem no mundo podem ser amenizadas se todos pensarmos dessa forma. 




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