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Quem ama, cuida


Poderia iniciar a abordagem da história da minha perda de peso pelo desporto, demonstrando como é um dos meus grandes aliados - que é - mas não o poderia fazer sem antes falar do principal: a minha nutrição.

Não acredito num corpo trabalhado que não seja sustentado por uma alimentação equilibrada.
Não me importa se é uma alimentação omnívora, vegetariana, vegan, ovolactovegetariana, ou simplesmente flexível - não sou desse tipo de ideologias. Para mim, as bases de uma boa alimentação são a consciência, as boas opções e o equilíbrio.



Comecei assim. Fui assim durante vários anos. Consta que comecei a ganhar peso aos 8 e esta aventura durou até aos 20. Tenho 24 agora - quase 25, e menos 25kg.
A contagem da perda dos 25kg começou no final do meu primeiro ano de licenciatura, quando disse "Basta!". Até aí, o meu peso sempre oscilou.

Sempre adorei comer, é uma realidade. Ainda hoje é um dos maiores prazeres da vida.
Mas a partir do momento em que resolvi que chegava, que não me reconhecia ao espelho, que a imagem que eu exteriorizava não era a pessoa que estava dentro, desenvolvi um enorme amor-próprio e uma relação bastante bonita comigo mesma e com o meu corpo.
Sempre fui uma miúda comunicativa e de sorriso fácil, sempre me expressei facilmente em público e sempre tive uma enorme facilidade em fazer amigos, mas sinto que a relação que tenho hoje comigo mesma nasceu aí.

A miúda que inventava qualquer desculpa para não fazer a aula de educação física - julgo eu que o meu corpo não gostava do peso extra que carregava atrás - é aquela que agora incentiva toda a gente à sua volta a mexer-se. A miúda que adorava comer continua a adorar comer, mas tem um amor muito grande por comida de verdade.

À medida que ia perdendo peso - inicialmente apenas baseada na alimentação, depois em conjunto com o desporto, mais me apaixonava por nutrição. Tornei-me sedenta de informação. Comecei a pesquisar muito, a ler muito, a querer saber muito sobre aquilo que colocava dentro do meu corpo.
Se hoje me disserem que é muito fácil conversar comigo sobre nutrição, eu culpo as horas que passo a ler e a pesquisar, as horas que passo no supermercado a ler rótulos de produtos, as perguntas que faço. A sede de informação que tenho. Não sou apologista de informação de boca, eu gosto de entender as coisas, o porquê das coisas. Cientificamente falando. 

Quando chegou a altura de aliar o desporto à nutrição que já me acompanhava, comecei no ginásio. Depois comecei a correr, juntei-me a um grupo de corrida onde ganhei uma segunda família. Hoje, gosto de conseguir aliar os meus 5/6 treinos por semana - entre cardio, musculação e aulas de grupo e os treinos de corrida. 
Sou apaixonada por cardio, por musculação, por treino funcional, por cycling e por corrida.
O desporto tem uma relação muito simples comigo: não penso, treino. É simplesmente uma parte da minha rotina diária, como comer ou lavar os dentes. E quando por alguma razão não consigo treinar, caminho.
Fui feita para estar em movimento. 



Algo que só agora começo a abordar é a parte teimosa. Durante a minha perda de peso tentei evitar pensar muito no assunto, preferi sempre focar-me na parte mais bonita: os números a reduzir na balança, a necessidade de comprar roupa de tamanhos mais pequenos e o que via ao espelho.
Mas como em qualquer outra coisa, nem tudo é simples. Os primeiros grandes números foram fáceis de perder, quando se tem muito peso extra, perdem-se facilmente com uma dieta (sim, aqui é uma dieta porque dura por um tempo limitado) pouco rica em hidratos de carbono. A seguir começa a parte - denominada por mim - teimosa: os últimos kgs são os mais difíceis de perder. Dás-te conta que ficaste com estrias (as quais eu estimo bastante hoje em dia) e com pele extra no teu corpo, outrora preenchida por gordura. E o verdadeiro trabalho começa aí: transformar a dieta (por tempo limitado) num estilo de vida e moldar o teu corpo ao que queres ver, tudo sem perder o equilíbrio e mantendo uma vida social, familiar e académica ao mesmo tempo. 
Requer muita dedicação. Penso que seja aí que o amor-próprio mais se solidifica. 

Algo com que me tenho deparado cada vez mais é que o meu corpo é mais teimoso do que a maioria a definir. Demora mais tempo, requer treino extra.
Por isso faço regularmente exames e avaliações físicas, para ter uma noção clara do meu corpo. Para o compreender. Para saber trabalhar com ele.
Sei a % de massa magra, gordura que ele tem. Sei até que a minha idade metabólica (a idade do meu corpo) são 15 anos. E sei que muitas vezes os meus resultados estão lá, só que demoram o dobro a serem visíveis. 
Isto não me desanima, bem pelo contrário. Mas requer trabalho árduo.




Entretanto aprendi a cozinhar. Adoro preparar as minhas refeições e marmitas. Uma das minhas regras é nunca sair de casa sem comida. 
Outras são nunca passar demasiado tempo sem comer ou beber água, pois o corpo só dá sinais quando efetivamente precisa de alimento e já o deveria ter.
Também não tenho qualquer receio de comer fora, o que adoro fazer. 
Defendo sempre que comer bem 99% das vezes, é saber utilizar o 1% para saciar a mente e equilibrar. Como adoro uma boa pizza, por exemplo. 

Acredito muito no poder dos alimentos. Gosto muito de pensar naquilo que estou a utilizar para nutrir o meu corpo. Nas características dos alimentos e suplementos e no que de incrível nos acrescenta.
O nosso corpo é uma máquina perfeita, faz tudo por nós até não lhe ser mais possível. No entanto, é como uma dança: temos que dar para receber. 
O melhor alimento, água, movimento e descanso.







5 anos, 25 kg a menos depois, um amor-próprio soldificado.
É a maior aventura da minha vida. Está longe de terminada, de tão picuinhas e exigente que sou. Gosto de estar constantemente em construção.
Este o meu estilo de vida, quem sou eu. 



1 comentário

  1. Olá Rita!!
    Adorei saber que ias ter um blog, porque és das pessoas que mais adoro seguir no insta, identifico-me muito com o teu percurso e admiro-te imenso mesmo sem te conhecer.

    Continua, estou a adorar ler-te <3
    Beijocas

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