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Nike Run Club Porto


Comecei a correr por pura casmurrice.

Sempre que escrever sobre corrida, vou começar assim. 
Sempre detestei correr e nunca fui muito boa a fazê-lo - provavelmente por não lhe depositar gosto e vontade: é uma bola de neve.
No entanto, aborreço-me facilmente na falta de novos estímulos. Posso nem ter que alterar o que estou a fazer, mas tenho que lhe acrescentar algo. Ou desafiar-me. Ou tentar superar-me. 

Na fase final da minha perda de peso, passava eu um tempo substancial no ginásio, resolvi experimentar um dia. "Vamos lá, 1 minuto a correr, 2 a caminhar ....", disse para mim mesma. E assim foi. Custou, claro que não tinha caixa (todo este palavreado chinês de quem tem a mania que é do fit) e ainda acho que o meu corpo estava em negação e a gritar-me "22 anos de vida a tentar esquivar das aulas de Educação Física e agora queres correr?!". É verdade corpo, deal with it

E assim foi.
Comecei e apaixonei.
Hoje, a minha rotina diária passa por incluir um treino. Gosto de alternar ginásio e corrida, já que adoro desporto no geral e não passo sem qualquer uma das coisas. Adoro treino funcional/circuit training, cycling, localizada, musculação e cardio a par da corrida. E sinto-me muito mais equilibrada, e atleticamente falando, o reforço é essencial. 

Há dois anos atrás, após a minha primeira prova de 5k (resolvi inscrever-me na Corrida da Mulher do Porto 2015, por a causa tanto me dizer), resolvi que queria juntar-me a alguém para correr. Adoro treinar sozinha - aliás, muitas vezes preciso desse meu tempo - mas senti que gostaria de evoluir em grupo também. Ao pesquisar, encontrei um tal de Nike + Run Club Porto.



Enviei uma mensagem privada a perguntar se teria onde guardar as minhas coisas durante o treino e fui logo recebida com simpatia. Na quinta-feira seguinte, à hora combinada, lá estava. Equipada e entusiasmada. 

Resolvi desafiar uma amiga - e na altura colega de estágio, a ir comigo. Azar dos azares, ela não aguentou o ritmo dos 6k e teve que parar. Claro que fiquei com ela até ao final. Resultado? Acabei por não treinar no meu primeiro treino em grupo.
Ela não regressou, na quinta-feira seguinte estava lá eu de novo.

Naturalmente extrovertida como sou comecei a socializar, tiramos a típica fotografia de grupo e decidi iniciar-me nos 6k. 
Gradualmente passei para os 8k, depois para os 10k. Sim, cheguei a ser a última pessoa nos 10k a terminar. Se isso me demoveu? Nunca. Só me motivou sempre mais e mais.

Se comecei com um pace quase de 7'00, agora corro abaixo de 5'00.
Se 5k me pareciam muito no inicio, hoje já completei 10 Meias Maratonas em prova (e um número substancial de 5k/10k/15k e até 27k em Trail, a par de incontáveis treinos). E não me fico por aqui. 
Se me juntei a este grupo sozinha, hoje tenho nele uma família.
Se entrei lá como Rita, hoje olho instintivamente se me tratarem por Ritinha da Nike. Com todo o orgulho.

Não, não ganhei companheiros de treino. Não, não ganhei amigos. Ganhei uma família.
Que atura a minha quota elevada de energia, a minha boa-disposição e as minhas neuras de ser humano. Os meus fins de dia bons e maus.
Com quem vou a provas, com quem passo fins-de-semana, com quem viajo para correr.
Com quem faço jantares, almoços e pequenos-almoços. Com quem marco treinos fora das quintas-feiras da Nike, com quem vou "só ali comer um açaí" ou "vou só ali viajar até Genebra para passear e, ah!, correr uma Meia Maratona por pura diversão".





Ganhei uma família. 
Somos todos tão diferentes: de idade, de género, de background profissional. Mas damo-nos naturalmente tão bem porque estamos unidos por algo: pelo amor ao desporto. Ninguém nos obriga a lá estar, não pagamos ou recebemos algo por lá ir. Mas torna-se uma espécie de terapia.

As quintas-feiras já não são iguais se não incluírem um treino em grupo. 
Lá sabemos que estamos no melhor projeto: o projeto de melhorarmos quem somos, de construirmos uma melhor versão de nós mesmos a cada dia. Afinal, é o melhor projeto a que nos podemos dedicar.

Existem inúmeros tipos de famílias: as adotivas, as de sangue, as de coração. Gosto de intitular esta como a minha família de pernas. 

Ganhei uma família - não me canso de dizer. 
E hoje, dois anos e 104 quintas-feiras depois, sei que não escolhi a Nike: a Nike escolheu-me. 

Nike Plus Run Club Porto #WERUNOPO 

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